Prefácio

A  oncologia e a patologia historicamente têm buscado melhorar os sistemas de classificação das neoplasias, tentando orientar quais as melhores terapias e predizer o resultado clínico aos diversos tratamentos. Por muito tempo, este esforço classificatório tem sido feito através da morfologia/avaliação histológica, com identificação de novas entidades ou redefinição das previamente descritas, além da melhoria contínua dos sistemas de graduação e estadiamento. Também não se deve perder de vista que todo o trabalho desenvolvido ao longo das décadas é altamente dependente do órgão envolvido pela neoplasia, e os tratamentos decorrentes são dependentes da identificação deste órgão de origem, de forma que diagnósticos similares em órgãos diferentes demandam abordagens terapêuticas bastante diversas. Como exemplo, em um tumor neuroendócrino do tubo digestivo, a presença de necrose e o maior número de mitoses apontam para um comportamento agressivo da neoplasia e se correlacionam com maior chance de um desfecho ruim, eventualmente indicando a necessidade de terapia sistêmica. Estes mesmos marcadores morfológicos não têm grande impacto em um carcinoma hepatocelular, onde o padrão arquitetural, o grau de diferenciação e a invasão vascular se tornam marcadores fenotípicos importantes para indicar qual o prognóstico e a melhor escolha terapêutica. 

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